terça-feira, 10 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO INFANTIL: brincando também se aprende

EDUCAÇÃO INFANTIL: brincando também se aprende

Marcos Roberto Gomes


RESUMO:
A intenção com este estudo, constitui-se em reconhecer as atividades lúdicas na Educação Infantil como meio de ensino aprendizagem. A pesquisa foi realizada em uma escola municipal da cidade de Aragarças GO, objetivando perceber se as atividades desenvolvidas com as crianças são acompanhadas de objetivos e conteúdos de aprendizagem. A Metodologia Qualitativa e alguns referenciais teóricos como: Jaeger, Kishimoto, Lucke e André, Vygostisk, Referencial Curricular Nacional dentre outros, foram importantes para o desenvolvimento deste trabalho que, destaca a importância das atividades lúdicas para as crianças e a necessidade da professora pesquisada colocar em prática os documentos oficias da escola que apresentam as brincadeiras como uma das atividades mais importantes. A pesquisa mostra ainda que criança é sinônimo de brincadeira, sendo essa a maneira de expressar seus sentimentos. Por meio das brincadeiras, o professor tem possibilidade de conhecer seus alunos, perceber suas necessidades e o nível de conhecimento. A atividade lúdica propicia o desenvolvimento por completo da criança e, utilizando-se delas, pressupõe-se regras, coordenação, atenção, percepção, socialização, objetivo, flexibilidade, conhecimento, cooperação. Assim, o lúdico se torna indispensável, contudo e deve ser explorado com mais freqüência, contribuindo para que o ensino e a aprendizagem aconteçam de maneira natural e mais prazerosa.


Palavras-Chave: Brincar/aprender. Crianças. Educação Infantil.


O interesse pelo estudo sobre as atividades lúdicas na educação infantil surgiu a partir do meu ingresso no Curso de Pedagogia, mais especificamente no de correr dos estudos de Pedagogia do Movimento. Além disso, as discussões em sala de aula, a realização do estágio supervisionado e, ainda, o desenvolvimento dos projetos interdisciplinares que ocorreram, nesse período, foram alguns dos fatores que contribuíram para entender esse tema na educação infantil. O que se tem discutido é que, por meio das brincadeiras, é possível criar, imaginar, sonhar, viver, fantasiar, aprender. Assim, com o auxilio dessas atividades é possível ensinar diversos temas; sem ter que privar as crianças da infância que é uma fase importante para o desenvolvimento biológico, psicológico e social do ser humano.
O ato de brincar tem um significado especial para as crianças, sendo a atividade que elas mais gostam de fazer. Assim, a brincadeira é uma atividade que deve ser explorado, sobretudo na educação infantil, já que pode contribuir de forma significativa fazendo com que a aprendizagem aconteça de forma mais prazerosa. Desse modo, para a elaboração deste trabalho, utilizei-me de alguns referenciais teóricos que foram fundamentais desde o início até a concretização da pesquisa, com destaque as contribuições de Jaeger, Kishimoto, Lucke e André, Vygostisk, Referencial Curricular Nacional dentre outros.
A partir dos conhecimentos, fui a campo realizar a pesquisa tendo como objetivo principal: perceber se as brincadeiras utilizadas na Educação Infantil de uma escola do município de Aragarças GO, são acompanhadas de objetivos e conteúdos da aprendizagem. Na escola, a turma escolhida para o desenvolvimento da pesquisa foi a do Pré II, constituídas por crianças que tem faixa etária entre cinco e seis anos e juntas totalizaram vinte e dois alunos.
A metodologia escolhida para a realização do presente estudo, foi a Pesquisa Qualitativa, pois propiciona percepções que nem sempre são visíveis nos cotidianos escolares. Dessa forma, foram utilizadas as técnicas de observação, entrevista e análise documental.
Após várias observações em sala de aula, entrevistas com a professora, coordenadora e diretora e da analise de documentos tais como Projeto Político Pedagógico (PPP), Plano de ensino (PE) e o Currículo, foi possível conhecer a proposta pedagógica para a educação infantil da referida escola, também identificou-se quais brincadeiras que as crianças mais se envolvem, e ainda percebeu-se objetivos a serem alcançados com as brincadeiras, ou seja, agregou-se aos objetivos específicos da pesquisa em questão.
Para compreendermos melhor a importância das brincadeiras na Educação Infantil é preciso levar em consideração as palavras de Jaeger (2001), quando se refere sobre a educação grega ao escrever que: “Nessa fase o objetivo deve ser educar a criança na alegria, pois é logo desde cedo que se formam as bases da harmonia e o pleno equilíbrio do caráter devem ser lançados na alma do homem”, (JAEGER, 2001, p.1351). Na antiga Grécia, a educação das crianças com até cinco anos de idade acontecia em suas próprias casas, ouviam as histórias inspiradas na Mitologia, contadas pelas mães e servas, e possuíam brinquedos simples.
O contexto histórico referido acima é bem diferente do que conhecemos. Vale ressaltar ainda que os objetivos a serem alcançados com a educação também eram outros. No entanto, deixa a compreensão de que já utilizavam a atividade lúdica na educação infantil.
A atividade lúdica propicia a criança um desenvolvimento por completo, uma vez que é: “[...] um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade, a socialização, sendo, portanto, reconhecidos como uma das atividades mais significativa – senão a mais significativa – pelo seu conteúdo pedagógico social.” (OLIVEIRA, 1985, p.74).
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil destaca que: “A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa” (BRASIL, 2001, p. 27). Nessa perspectiva, as Escolas de Educação Infantil de uma forma geral, têm buscado introduzir as brincadeiras como meio de ensino e aprendizagem.
Ao analisar os documentos da escola em questão, em especial o PPP, constatou-se que a mesma tem como filosofia “oportunizar habilidades e comportamentos que favoreçam habilidades que desenvolva o espírito crítico e a socialização da criança”. Como objetivo geral apresenta a proposta de “proporcionar desenvolvimento das potencialidades, habilidades e atitudes criativas de valores morais, sociais e éticos, preparando para o exercício da cidadania”.
A proposta para Educação Infantil da escola é a de “utilizar jogos e materiais pedagógicos, com aulas diferenciadas por meio de músicas, teatro, jogos pedagógicos, pinturas, materiais concretos tais como: revistas, tampa de garrafas, massa de modelar dentre outros”. E ainda “brincar expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente as aulas valorizando as diversidades”.
A comunidade escolar em questão é de classe média e a maioria dos pais são funcionários públicos. A escola possui seis salas de aula, uma sala de professores, uma de coordenação, outra para a direção, um almoxarifado, um banheiro para professores e dois para alunos. Tendo ainda uma sala de informática, uma varanda e um pequeno parquinho contendo dois escorregadores, quatro balanços sendo que apenas dois se encontravam em situação de uso e um roda-roda. As crianças se encontravam na faixa etária dos cinco anos de idade, numa fase apropriada para a utilização de uma gama de atividades lúdicas existentes. Algumas destas, citadas acima na proposta da escola para com a Educação Infantil. Entretanto, durante as observações o que se percebeu não foi bem o que se encontra contido nessa proposta.
No primeiro momento das observações, antes de dar-se início as atividades em sala de aula, aconteceu uma acolhida no pátio da escola. Os alunos permaneceram em filas, fez-se uma breve oração, cantaram-se algumas cantigas tais como: “Pecado Pecadinho Pecadão”, “Música dos Dedos”, e “Boneco de Lata”. Percebeu-se que as crianças gostaram muito da atividade e entraram na sala de aula eufóricos e ainda cantando as cantigas.
A sala de aula não era muito grande e havia um total de vinte e dois alunos. Ao adentrarmos na mesma, a primeira coisa que a professora fez foi ‘gritar’ lá da frente para mim dizendo: “você vai ver, essa turma é da pesada”. Resolvi não tirar conclusões precipitadas e me abster apenas em observar. Nas paredes da sala havia o alfabeto e vários desenhos como flores, palhaços e crianças.
A didática utilizada por ela foi a mesma durante toda a semana de observação. Começava sempre a aula escrevendo o alfabeto na lousa e a cada dia ia acrescentando uma letra. Já em outro dia escrevia números até trinta e pediam que soletrassem; um, dois, três...
Após esse primeiro momento era dado a ‘tarefa’ que se tratava de um desenho para pintar e no máximo eram entregues dois desenhos e/ou ‘tarefas’ por dia. Umas destas continham números e outras, letras. Assim, foi o trabalho desenvolvido pela professora por toda a semana.
Percebia-se que durante todo o tempo as crianças queriam brincar, rodavam bonés e cadernos nas mãos, outros traziam brinquedos de casa e quando a professora percebia a intencionalidade das mesmas, dizia “para de rodar isso aí, guarda esse brinquedo. Hora de brincar é no recreio”. Criança é sinônimo de brincadeira. Para elas, qualquer motivo pode sugerir uma nova brincadeira. Nesse sentido, a brincadeira, especialmente nessa fase, pode ser a grande aliada do professor no processo ensinoaprendizagem. No entanto, o que temos percebido é que

A maioria dos professores diz que considera valioso o ato de brincar e que ele tem lugar na sala de aula, mas a maioria também indica implicitamente, por suas atitudes, que este lugar não é tão importante, sendo secundário às atividades que eles dirigem e supervisionam.( MOYLES, 2002, p.100).

No decorrer das observações, percebeu-se que normalmente as carteiras eram postas em filas. Quando os alunos tentavam juntar as cadeiras para ficarem mais próximos, logo ouviam a voz da professora dizendo que “não podia”, pois ela queria evitar conversa, sem saber que a aproximação, o contato e a interação fazem parte do processo da educação.

A esse ato de busca, de troca de interação, de apropriação é que damos o nome de Educação. Esta não existe por si: é uma ação conjunta entre as pessoas que coorporam, comunicam-se e comungam do mesmo saber. Por isso, educar não é um ato ingênuo, indefinido, imprevisível, mas um ato histórico (tempo), cultural (valores), social (relação), psicológico (inteligente), afetivo e existencial (concreto), e, acima de tudo, político, pois, numa sociedade de classes, nenhuma ação é simplesmente neutra, sem consciência de seus propósitos. (ALMEIDA, 1987, p. 9)
O professor contemporâneo, precisa ter a clareza de que não é mais o único capaz de ensinar algo às crianças. Elas desde que nascem vão aprendendo muitas coisas com os familiares, com a sociedade, com as mídias, com vizinhos, amigos e outros. É natural que troquem informações e conhecimentos, faz parte do processo do aprender, construir, reconstruir os significados e conceitos. O professor que pensa que criança ‘é uma tabula rasa’, precisa conhecer melhor seus alunos, pois:

A criança não é uma tabula rasa sobre a qual podemos inscrever o que bem entendemos. Como não podemos e um loiro fazer um moreno, de um nervoso um fragmático, jamais podemos, quaisquer que sejam nossos métodos, conseguir modelar inteiramente uma criança. (CHÂTEAU, 1987, p. 56).

É nesse contexto, que busco conhecer um pouco mais a professora da referida turma. Ao ser questionada sobre sua formação, constatou-se que esta possuía o magistério, concluído, há mais de quinze anos. As concepções de ensino naquela época eram outras, a formação do professor estava mais voltada a Pedagogia Tradicional, que remete nos lembrar, o verbalismo e a imposição de autoridade. Esse tipo de educação é destacado por Freire como educação bancária. A esse respeito, o autor afirma que o propósito da educação é “o ato de depositar, de transferir, de transmitir”. (FREIRE, 1987, p. 59).
Outra questão, que chamou a atenção foi o fato das crianças dançarem e cantarem cantigas em vários momentos das aulas. Muitos se levantavam das carteiras e saíam correndo ao encontro dos outros colegas, dando a impressão de que queriam brincar. Mas a professora, pouco importava com aquelas cantigas e repreendia aos que se levantavam, dizendo: “Senta menino! Pare de pular! Já terminou a tarefa?” deixando evidente que se preocupava mais com os seus interesses, ou seja, a ‘tarefa’ pronta, do que com os interesses das crianças que era de “brincar”. É provável que ela não saiba que “Meninos e meninas gostam da rítmica, danças com canto e fantasias e, principalmente, das mais simples delas, essas rondas que são um dos tesouros do Folclore Infantil” (DEBESSE, 1974, p. 47). Em se tratando das crianças se levantarem, isso é natural, criança não consegue ficar muito tempo quieta, ainda mais perto de outras, a não ser que esteja com algum ‘problema’. Nesse sentido, elas possuem muita energia, e, precisam gastá-las de alguma maneira.
É o momento também de mediação que o profissional da educação pode utilizar sugerindo assim uma boa brincadeira, que contenham objetivos e regras pré-definidas. “O mediador deve respeitar o interesse do aluno e trabalhar a partir de sua atividade espontânea,
Ouvindo suas dúvidas, formulando desafios à capacidade de adaptação infantil e
acompanhando seu processo de construção do conhecimento” (KISHIMOTO, 2009, p.95).
No entanto, foram poucas as brincadeiras desenvolvidas, e as aulas eram muito tumultuadas, havia muito barulho, muita confusão, muita briga, muito choro, muita reclamação da professora. As leituras nos demonstram que

Nessa fase, as crianças reúnem-se com outras crianças para brincar, mas agem, ainda, sem observar regras, no jogo, todas ganham e todas perdem. No final acabam sempre em brigas e agressões, [...] nessa hora a participação e a postura do adulto (pais e professores) são importantíssima para as crianças. (ALMEIDA,1987, p. 35).

Dessa forma, o professor precisa estar atento para com as atitudes de cada criança, ao observá-las e, ao mesmo tempo poderá aprender muito sobre elas a exemplo de seus conhecimentos de mundo, seus mitos, seus temperamentos, suas necessidades, seus gostos, seus sentimentos, bem como seus valores. As crianças aprendem e o professor também tem muito que aprender com as brincadeiras. Então, esse recurso pode ser utilizado com mais frequência nas atividades pedagógicas, tendo em vista que o próprio PCN de Educação Infantil nos sugere a utilização deste como forma de ensino e aprendizagem.
Outro fato curioso a destacar e que se repetia a cada dia, se refere a um cartaz fixado na porta da sala de aula. Nele, estava escrito ‘hoje eu fui dez’. A professora fazia sempre questão de lembrar à turma sobre o cartaz dizendo “olha quem se comportar terá o nome colocado nele, mas quem não se comportar, vou escrever o nome lá na lousa dentro daquele desenho do coraçãozinho triste, e o nome de quem estiver lá, vai ficar sem recreio”.
Quase todos os dias ficavam quatro ou cinco alunos com o nome no coraçãozinho triste e, consequentemente, sem recreio. No entanto, percebia que mesmo elas estando em sala de aula durante o recreio, enquanto a professora dava uma saidinha para tomar um café ou uma água, elas se divertiam, pois brincavam de pega-pega, subiam em cima das cadeiras e pulavam enquanto um ficava na porta observando se a professora retornava a sala. Segundo Freire, (1994, p. 75), “[...] as crianças brincam, e com muita intensidade, em sua fase pré-escolar, porém, sem a atenção adequada da escola para isso”.
Percebeu-se ainda que as atividades propostas pela professora, por serem sempre praticamente iguais e certamente tendo um mesmo ‘objetivo’, grande parte dos alunos a faz mecanicamente, sem nenhuma reflexão. Dessa forma, a maioria das crianças terminava rapidamente suas tarefas e ficavam sem nada fazer, e a professora queria que permanecessem quietos esperando que os outros terminassem. Assim, ela gritava muito com as crianças tentando conter tanta ‘bagunça’. Cabe ressaltar que “[...] o processo de ensinoaprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança” (OLIVEIRA, 1997, p.62).
Quando o sinal do recreio batia as crianças corriam direto para o parquinho da escola a fim de se divertirem. Ora brincavam no Escorregador, ora no Balanço e noutra vez no Roda-Roda. Ali corriam muito e davam gargalhadas. O que chamou atenção nesse momento foi a de que, nenhum professor ali, estava direcionado as brincadeiras ou até mesmo tentando organizá-las, evitando algum acidente, ou até mesmo evitando algum tipo de desentendimento entre as crianças. Na observação percebeu-se que uma criança que se encontrava brincando no balanço já há muito tempo não queria revezar a vez com outros. Esse motivo gerou inicio a uma pequena confusão que poderia ser mediada e até mesmo evitada com a presença de um adulto. Uma vez que “através do brinquedo, a criança inicia sua integração social. Aprende a conviver com os outros, a situar-se frente ao mundo que a cerca. Ela se exercita brincando” (WEISS, 1993, p.24).
Ainda durante o recreio no pátio da escola, era sempre colocado um aparelho de som tocando músicas. Algumas crianças dançavam, outras brincavam de jogar bola, e ainda outras brincavam de Pega-Pega. Apesar do pátio da escola não ser muito grande eles conseguiam organizar-se e achar espaço para todas essas brincadeiras. Ao término do recreio queriam continuar brincando, mas quando a coordenadora desligava o som e tocava o sininho, todas sabiam que era o momento de parar a brincadeira e retornar à ‘sala de aula’. Percebe-se que “Todas as crianças sabem pelo menos uma brincadeira ou jogo que envolva movimentos. Esse repertório de manifestação cultural pode vir de fontes como família, amigos, televisão, entre outros, e é algo que pode e deve ser compartilhado na escola”. (BRASIL, 1997, p. 46).
Durante toda observação, por duas vezes a professora sugeriu que brincassem de roda, e foi um alvoroço, pois todos se prontificaram e queriam brincar. No entanto, as crianças não se organizavam direito, a professora tentava ajudá-las, mas não conseguia. Isso porque certas brincadeiras, assim como o jogo, precisam ser precedidas por pelo menos de uma regra. E em sala de aula, ninguém se atentava para essa necessidade. Dessa forma a brincadeira logo acabava e cada um voltava para o ‘seu lugar’.
A brincadeira na educação infantil precisa ser encarada, principalmente pelos professores, como algo sério. As atividades lúdicas não podem ser vistas, apenas como divertimento ou brincadeiras para gastar energia, mas também por favorecerem o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral e a aprendizagem das crianças, uma vez que

[...] brincar é uma atividade indispensável ao desenvolvimento de uma criança. Enquanto brinca a criança está se exercitando física, social e emocionalmente, está crescendo em descobertas que vai fazendo e nas experiências que vai adquirindo. (CUNHA & CASTRO, 1981, P. 15).

Vale ressaltar ainda, que, as crianças se alegravam quando a professora falava que iriam brincar com massinha. Apesar das massinhas não estarem mais coloridas, pelo fato de tanto terem sido usadas, unificou-se as cores ficando todas com um tom meio acinzentado. Mas isso não era motivo de questionamento. As crianças queriam brincar e cada um fazia seu próprio trabalho. Nessa atividade um garoto fez com a massinha as garras do Volverine do X-main, e brincando muito dizia ser ele o “temível Volverine”. Percebeu-se o quanto usava de sua imaginação. Uma garota fazia sempre um garotinho de massinha (cabecinha, perninha, corpinho e braçinho). Ela dizia que aquele garotinho, se tratava do seu “irmãozinho”. E ainda, outro aluno também chamou atenção com suas atitudes. Trazia sempre consigo um cavalinho de plástico para brincar, fazia um rolinho de massinha colocava-o em cima do cavalo e dizia “siguuuura piããããão”. Aproximei-me e perguntei: o que está fazendo? Ele me respondeu: “estou treinado, porque quando eu crescer serei pião de rodeio igual meu irmão”. Certamente percebeu-se que as crianças usavam de imaginação enquanto brincavam isso porque “[...] crianças são seres oníricos, seus pensamentos têm asas, sonham sonhos de alegria. Querem brincar” (ALVES, 1994, p.54).
No entanto, quando começavam a brincar, fazendo barulho, logo se ouvia a professora dizendo “vocês não conseguem ficar calados mesmo, devolvam as massinhas já que não sabem brincar sem bagunça”. A afirmação da professora nos remete a outra reflexão, pois,

Privar as crianças de viver intensamente em favor de um treinamento mecânico com vistas a uma posterior alfabetização, no caso da Educação Infantil, significa represar sua energia, não aproveitar suas capacidades. Significa substituir a aprendizagem pelo condicionamento. Significa podar-lhe a curiosidade e a sua abertura para a exploração do meio ambiente. Significa, enfim, impedi-la de ser o que é, criança e limitar seu vir a ser, pois, através do ato de brincar, ela vai compondo uma infinita abertura de possibilidades que lhe permitirão desenvolver-se integralmente como sujeito engajado no processo de construção de si mesmo. (FREIRE, 1994, p.102).

No penúltimo dia de observação, foi comemorado o dia do folclore. Todas as turmas participaram. Cada criança do Pré- II recebeu uma máscara do Saci Perêrê e foram convidados pela coordenadora para irem ao pátio da escola onde haveria uma apresentação. Cada turma caracterizou-se de um personagem do Sitio do Pica Pau Amarelo, de forma que tinham muitas Emílias, várias Cucas, Viscondes e Sacis. Cada turma fez sua apresentação: uma turma cantou, outra dançou, outra brincou de roda, outra leu poema. Houve muita participação, alegria e organização entre eles. Ali, se divertiram e cantaram várias cantigas de roda. Foi um momento cultural, de aprendizagem e de prazer.
No entanto, no dia seguinte, duas crianças trouxeram suas máscaras de Saci para escola, colocaram-na no rosto e começaram a pular de uma perna só, brincando. No mesmo instante ouviu-se a voz da professora em alto tom: “tirem essa máscara do rosto, parem de pular, vocês não são Sacis”. A fala da professora nos remete a atividade desenvolvida no dia anterior em que as crianças representavam personagens criados por Monteiro Lobato. Assim pode ser observado que o tempo de brincar para a criança e para professora eram diferentes o que nos leva a perceber que “quanto mais crescidas, as crianças devem também manter-se em movimento constante e de modo nenhum se deve obrigá-las a permanecerem quietas” (JAEGER, 2001 p.1350).
Das observações na escola outro aspecto merece atenção. Não se conhece uma escola, simplesmente pelos seus documentos (PPP, Currículo, Filosofia), mas sim pelas práticas pedagógicas e o entendimento sobre educação por parte dos profissionais que nela atuam. Muitos desconhecem o conteúdo desses documentos, e ainda outros não sabem que estes são as bases dentro das instituições, que foram ou devem ser construídos com a participação da comunidade escolar. Desse modo, o

Projeto pedagógico não é uma peça burocrática e sim um instrumento de gestão e de compromisso político e pedagógico coletivo. Não é feito para der mandado para alguém ou algum setor, mas sim para ser usado como referência para as lutas da escola. É um resumo das condições e funcionamento da escola e ao mesmo tempo um diagnóstico seguido de compromissos aceitos e firmados pela escola consigo mesma – sob o olhar atento do poder público. (FREITAS, 2004, p.69).

Por meio da Pesquisa Qualitativa, constatou-se que a escola possui uma gama de brinquedos pedagógicos, alguns com a aparência de nunca terem sido utilizados. Todas as entrevistadas têm o conhecimento da existência desses brinquedos e, segundo elas, são de fácil acesso e podem ser utilizados no momento que acharem necessário. Porém, durante todo o tempo da pesquisa estes não foram usados. Ao entrevistar a professora perguntou-se se costumava usar destes recursos em suas aulas e ela respondeu que “É difícil, mas utilizo”.
De acordo com a professora, a maior dificuldade não é a falta de brinquedos, mas sim a existência de muitos brinquedos. Segundo ela, os brinquedos são muitos, porém, são diferentes uns dos outros, e isso causa muita briga, pelo fato das crianças sempre quererem os brinquedos dos outros, não se contentando com os delas. Nesse sentido,

Faz-se necessário levar sempre em consideração o fato de que a criança conhece e constrói as noções e os conceitos à medida que agem, observa e relaciona os objetos do mundo físico. É no decorrer das atividades realizadas que as crianças incorporam dados e relações, e é enfrentando desafios e trocando informações umas com as outras e com os adultos que elas desenvolvem seu pensamento. (KRAMER, 1993, p.21).

No planejamento da escola, especificamente para o Pré II, encontramos escrito que o mesmo tem como objetivo “possibilitar a socialização entre as crianças, enfocando a autoestima e a valorização de si e do outro, demonstrando respeito e valor no meio em que vive ampliando a consciência social através das inteligências múltiplas”. Esse objetivo nos remete a análise de que os conflitos precisam ser encarados com mais naturalidade, pois, neles estão contidos as informações necessárias que o professor precisa para atuar, no sentido de mediar, proporcionando um ambiente propício para novas descobertas. O conflito faz parte da aquisição do conhecimento, e a escola precisa estar preparada para utilizar-se desses e tentar resolvê-los, utilizando-se dos mais diversos meios possíveis: com o diálogo, com contos, vídeos, criação de regras, histórias, jogos, brincadeiras, prática de atividades de cooperação dentre outros. Quando os problemas surgem precisamos usar de diferentes os meios para tentar saná-los, e não, simplesmente fugir do mesmo, ignorando-o. Assim, “o mediador deve respeitar o interesse do aluno e trabalhar a partir de sua atividade espontânea, ouvindo suas dúvidas, formulando desafios à capacidade de adaptação infantil e acompanhando seu processo de construção de conhecimento”. (KISHIMOTO, 2009, p. 95).
Destaque também se faz a contribuição de Debesse (1974, p.2) ao afirmar que se “negligenciarmos uma das fases e, façamos o que fizermos mais tarde, algo ficará faltando, para sempre ao aluno”. É notório que nessa idade, a brincadeira é a atividade mais importante para as crianças, e, certamente é a atividade que elas mais gostam de fazer. A escola precisa explorar o máximo este recurso, introduzindo diversos tipos de brincadeiras como meio de aprendizagem. Essa pode acontecer por meio de contar histórias, utilizar-se de leituras não verbais, ainda por meio de revistas em quadrinho bem como cantar, dançar, pular, interpretar, inventar, produzir, ficar em silêncio para perceber ruídos e identificar de onde vem, como e porque acontecem. São atividades que precisam fazer parte do cotidiano das crianças, afinal esse é o momento mais propício para brincar, sonhar, imaginar e se divertir. Brincar faz bem à
criança, pois é parte do seu amadurecimento, e não pode ser negligenciado, estando aparado
por lei no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Por outro lado, o professor precisa ter a concepção de que na escola a criança não deve brincar apenas por brincar. Para que isso não aconteça, o mediador precisa ter pré-definido, quais os objetivos que pretende alcançar com cada brincadeira, uma vez que

Brincando [...] as crianças aprendem [...] a cooperar com os companheiros [...], a obedecer as regras do jogo [...], a respeitar os direitos dos outros[...], a acatar autoridade[...], a assumir responsabilidades, a aceitar penalidades que lhe são impostas [...], a dar oportunidade aos demais[...], enfim, a viver em sociedade. (SILVERS Apud: ALVES 1982, p.110).

Tal pensamento leva-nos a compreender que a criança não brinca simplesmente para passar o tempo. É mais que isso, pois nas brincadeiras ela se realiza, cria e recria situações imaginárias que as levam a refletir sobre seu universo. Se o educador for um bom observador, poderá, através das atividades lúdicas escolhidas espontaneamente pela criança, descobrir fatores que contribuem de forma significativa para seus atos pedagógicos. Nesse sentido, “é no brincar que a criança mostra que está interessada em algo. O adulto, observando o brincar da criança, percebe qual é o interesse dela e a partir daí, ele cria o ambiente para a educação” (KISHIMOTO, 2009, p.7).
Tal compreensão leva-nos a refletir a respeito da importância de observar as crianças brincando, para perceber quais são seus anseios, seus interesses, seus problemas e seus pensamentos, pois é no brincar que ela reflete o seu eu, reproduz a sua vida e seus valores. Isso é percebido porque

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo. Sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos. (BETTELHEIM, 1984, p. 105).

Na pré-escola, as brincadeiras fazem parte do cotidiano das crianças. Um objeto qualquer pode ser motivo para uma nova brincadeira. Nessas brincadeiras, elas criam situações imaginárias que contribuem para o seu desenvolvimento como todo.
Os estudos de Kishimoto mostram que: “[...] nem sempre se dá liberdade para a criança brincar a vontade, a professora é que escolhe e direciona”. (KISHIMOTO, 2009, p. 11). Nesse caso, as brincadeiras nem sempre são escolhidas pelas crianças, e esse fator, de certa forma, as limita e as condiciona a permanecer num mundo fechado, e restrito, uma vez que existem poucas descobertas, pois “[...] brincando a criança ordena o mundo a sua volta assimilando experiências e informações, e mais ainda, incorporando comportamentos e valores. É através do brinquedo e do jogo que a criança consegue reproduzir e recriar o meio a sua volta” (SIMÂO, 1999, p. 78).
De acordo com a professora da escola pesquisada, as brincadeiras que as crianças mais se envolvem, eram duas: quando elas brincam de Roda e quando elas mesmas contam histórias. No entanto, os objetivos a serem alcançados com cada brincadeira não ficaram muito bem esclarecidos. Primeiro porque se brincou duas vezes de roda e no máximo, durante cinco minutos cada uma das vezes, e, durante os dias da pesquisa nenhuma vez foi pedido que contassem histórias. Sem contar que a professora não possuía nenhum plano de aula. Quando perguntado a ela se as crianças sugeriam alguma brincadeira ela disse que “sim”, no entanto, não se presenciou esse acontecimento.
Contatou-se por meio da pesquisa, que o objetivo da professora em sua prática pedagógica podiam ser identificados em dois. Primeiro, as crianças aprendem o alfabeto, segundo, conhecem e decorem as pronuncias dos números. Ao ser questionada sobre qual atividade realizada em sala de aula que julga ser bom para o desenvolvimento das crianças responde “Eu acho que é brincar de Binguinho de letra: eu falo a letra e elas vão procurar lá no Bingo”.
Por outro lado, quando foi perguntado sobre o tipo de atividade que julgava ser mais importante na Educação Infantil imediatamente falou que era “Brincar”, sendo esta a mesma resposta dada quando perguntada sobre o que as crianças mais gostam de fazer.
Como se observa, existe certa distância entre o saber e o fazer, ou seja, a teoria e a prática por parte da professora, e entre o querer e o poder por parte das crianças. De acordo com o dicionário Aurélio Século XXI (2004) “Saber é ter o conhecimento ou informação a respeito de algo” (p.655). “Fazer é dar existência ou forma” (p.340). “Querer é ter vontade ou desejar” (p.611) e “Poder é ter a faculdade ou o direito” (p.577). Dessa forma, não adianta a professora saber qual é a atividade mais importante nessa fase, se ela não fazer, ou seja, dar existência e/ou forma a esse saber. Por outro lado, estão as crianças querendo, desejando, com vontade de brincar, mas não podendo, não tendo direito a um acesso garantido por lei, pois a professora traz as atividades pré estabelecidas.
O fato é o de que se existe o amparo, se as crianças podem aprender enquanto brincam e se divertem, se a escola tem espaço e brinquedos para tal, se existe a concepção de que nessa fase brincar é a atividade mais importante para o desenvolvimento da criança, e é o que elas mais querem fazer, então percebo que é preciso colocar em prática essas teorias, e fazer da escola o local mais alegre para as crianças. Nesse processo é preciso que as crianças brinquem, se interajam, escolham suas brincadeiras, tragam seus brinquedos favoritos de casa, produzam novos brinquedos, aprendam umas com as outras, cantem, pulem, rolem, tenham acesso a sala de informática, mídias, livros, revistas, instrumentos musicais que podem ser produzidos por eles ou não. Nesse sentido entendemos que

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida. (KAMI, 1991, p. 125).

Assim, o brincar permite a comunicação, ação, exploração e meio de aprender a viver. Por meio das brincadeiras as crianças adquirem conhecimento de si e do mundo a sua volta, criam relações, aprimoram suas idéias e contribuem de forma significativa para sua ação dentro da cultura onde se encontra inserido, sendo uma das formas encontradas por ela de se sentir inserida na sociedade.
A brincadeira permite a oportunidade de aprender novas habilidades. O brincar com outras crianças, possibilita lidar com seus sentimentos e resolver seus conflitos, auxiliando no processo de comunicação e no desenvolvimento integral.
Nesse sentido, a criança precisa brincar, para interagir e aprender, ou seja, realizar novas descobertas que contribuem para a formação integral do indivíduo. Dessa forma, as brincadeiras podem ser um meio de se ensinar na educação infantil, pois possibilita o desenvolvimento de exercícios necessários e úteis à vida. Parece ser indispensável no processo ensino aprendizagem, que tem uma perspectiva de divertimento e de prazer no ato de aprender. Porque para a criança brincar, não precisa insistir. Criança brinca porque gosta, porque lhe dá prazer, porque brincar é sinônimo de criança. Assim, “[...] no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer” (VYGOTSKY, 1998, p. 130).
Ao término dessa pesquisa, constatou-se que especificamente no Pré II da escola em questão, as brincadeiras não estão sendo usadas como meio de ensino e aprendizagem. No entanto, a partir das contribuições dos diversos teóricos no desenvolvimento desse trabalho, compreende-se a importância de se trabalhar o lúdico na Educação Infantil. Tais atividades devem ser mais exploradas por professores e alunos. Para tanto, necessário se faz colocar em prática as teorias, compreendendo o contexto histórico e cultural do qual fazemos parte. Importante também é de considerar que para a criança, não importa o seu contexto histórico ou a cultura em qual se encontra inserida uma vez que ela brinca a sua maneira, mas brinca. E “perguntar por que a criança brinca, é perguntar por que é criança” (CHÂTEAU, 1987, p. 14).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica (técnicas e jogos pedagógicos). 5.ed. São Paulo Edições Loyola; 1987.
ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. 6.ed. ARS. Poética Editora LTDA, 1994.
BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho. São Paulo: Artmed, 1984.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 2001. vol. 1.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais : Educação física /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :MEC/SEF, 1997.
CUNHA, N.H.S.; CASTRO, I.M.R. SIDEP: Sistema de estimulação pré-escolar. 2.ed.São Paulo: Cortez/Supercap, 1981.
CHÂTEAU, Jean. O Jogo e a Criança. 2.ed. São Paulo; Sammus, 1987.
DEBESSE, Maurice. As Fases da Educação. 2.ed. São Paulo; Editora Nacional, 1974.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Scipione, 1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI. 5.ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2004.
FREITAS, L. C. et al. Dialética da inclusão e da exclusão: por uma negociada e emancipadora nas escolas. In: GERALDI, C. M. G.; RIOLFI, C. R. ; GARCIA, M. F. Escola Viva: elementos para a construção de uma educação de qualidade social. Campinas: Mercado de
Letras Edições e Livraria Ltda. 2004.
JAEGER, Werner Wilhermer, 1888 – 1961. Paidéia: a formação do homem grego/ Werner Jaeger: tradução Artur M. Parreira: adaptação do texto para a edição brasileira Mônica Stahel; revisão do texto grego Gilson César Cardoso de Souza – 4.ed. – São Paulo; Martins Fontes, 2001.
KAMI, Constance; DEURIES, Rheta. Piaget para educação pré-escolar. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1991.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Brincar pelo bem da criança. Direcional Educador. São
Paulo. Ano 5, n. 50, março 2009.
KRAMER, Sônia et al. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática, 1993.
MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.
OLIVEIRA, Martha Kohl. Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo. Scipione, 1997.
OLIVEIRA, V. M. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1985.
SILVERS, S. M. In. ALVES , R. M. Atividades lúdicas e jogos no ensino fundamental. Disponível em: http://74.125.155.132/scholar?q=cache:KwSekb6F2Z8J:scholar.
google.com/&hl=pt-BR. Acesso em : 14 out. 2009.
SIMÃO. I. Estratégias lúdicas para alfabetização: algumas alternativas. Rio Claro. Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, 1999.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WEISS, Luise. Brinquedos & Engenhocas (atividades lúdicas com sucata). 2.ed. Scipione, 1993.

Nenhum comentário:

Postar um comentário